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August 22, 2013 / por Livia

Dia 13: Mergulho em Phi Phi e View Point

O Celso é apaixonado por mergulho e desde que começamos a planejar a viagem ele ficou bem empolgado com a possibilidade de mergulhar na Tailândia. Eu, para ser bem sincera, nunca havia considerado essa possibilidade pois sou muito medrosa.

Assim que chegamos em Phi Phi sondamos algumas operadoras de mergulho e logo descobrimos que existe um cartel operando na ilha. Não adianta pesquisar, os preços são iguais em todas as operadoras. O cara de uma das operadoras quis tentar disfarçar dizendo que era um “acordo entre as operadoras da ilha” mas o meu lindo e advogado noivo o lembrou que essa prática também é conhecida como cartel. A explicação foi a seguinte… parece que por conta da concorrência, as operadoras eram obrigadas a baixar os preços dos mergulhos e com isso alguma coisa tinha que ser comprometida, em alguns casos a segurança. Por uma preocupação com a segurança dos turistas, as operadoras entraram em um acordo e decidiram fixar o preço dos mergulhos, ou seja, é mesmo um cartel. Com ou sem cartel, o Celso estava decidido, desde o Brasil, que iria mergulhar em Phi Phi e acabamos fechando com a Phi Phi Scuba Diving Center (a loja deles fica no centrinho de Phi Phi, perto do pier).

Enquanto o Celso fechava o mergulho dele, um funcionário começou a explicar sobre o “Dicover Scuba Diving”. Basicamente essa opção é oferecida para quem não tem nenhuma certificação ou experiência com mergulho, ou seja, é uma experiência para inciantes como eu. O curso de mergulho costuma ser caro e muita gente acaba pagando pelo curso todo e na hora de mergulhar pela primeira vez, depois de algumas aulas teóricas, a pessoa pode não gostar da experiência, ou seja, dinheiro e tempo jogados fora. Esse curso é uma introdução, quem gosta da experiência costuma dar continuidade e pode usar as horas mergulhadas para tirar uma certificação. Na prática funciona da seguinte maneira: um dive master (professor de mergulho) sai para mergulhar com no máximo 3 alunos. No barco, no caminho para o mergulho inicial, são passadas algumas lições básicas: sinais, como colocar a máscara, como tirar água da máscara, como respirar com o cilindro, como ajustar a pressão na hora da descida e da subida etc. Você aprende o suficiente para conseguir mergulhar até 12 m de profundidade com o professor do seu lado durante todo o tempo. Como disse no post anterior, o Celso me convenceu e eu paguei 3.400B (mais ou menos U$110) por essa experiência. O Celso pagou 2.500B (mais ou menos U$80) pelo mergulho dele.

Fomos no mesmo barco mas ficamos em grupos separados pois o Celso não era “begginner” como eu. O meu professor, um belga, passou todas as orientações para mim e para um francês que também era iniciante. Eu já esqueci os pontos dos mergulho mas todos foram próximos de Maya Bay, a famosa praia do filme do Leonardo di Caprio. A aulinha teórica no barco foi tranquila mas na hora da primeira experiência, depois de ter colocado a roupa, o cilindro etc, me bateu a maior insegurança e eu caí no choro. O mar estava bastante agitado e eu estava morrendo de medo de pular do barco com todo aquele equipamento. O professor tentou me acalmar mas eu estava decidida de que aquilo não era pra mim, tirei todo o equipamento e fiquei tomando sol no enquanto TODOS mergulhavam. Estava achando demais pois o dia estava lindo e o lugar era maravilhoso, eu estava muito bem deitada no barco torrando no sol. O meu professor saiu para mergulhar apenas com o aluno francês e quando todos voltaram para o barco rumo ao segundo ponto de mergulho, dois professores e meu querido noivo começaram a me tranquilizar,  me deixaram mais segura e depois de muita psicologia eu finalmente decidi tentar. No segundo ponto de mergulho o professor saiu só comigo e foi mega paciente, ficamos um pouco na superfície colocando em prática a teoria aprendida (como tirar água da máscara etc) e cada coisinha que eu fazia certo o professor me dava um “high five” hahahha! A psicologia infantil surtiu efeito e quando vi já estava embaixo d’água junto com os peixinhos. O professor ficou o tempo todo do meu lado, eu agarrei a mão dele e não soltei mais. Não sei quanto tempo ficamos nesse primeiro mergulho mas foi tempo suficiente para eu me convencer de que havia gostado da experiência! Impossível não gostar de ver todos aqueles peixinhos!!!DSC00515

Sozinha no barco

Sozinha no barco

Aula antes de entrar na água

Aula antes de entrar na água

Sozinha no barco

Sozinha no barco

Maya Bay

Maya Bay

Na nossa segunda “descida” o outro aluno francês foi junto e eu curti bastante pois já estava mais segura. Não sou especialista no assunto mas vi milhares de peixinhos diferentes, um mais lindo e colorido que o outro. Em um determinado momento, todo o grupo estava mergulhando junto e o Celso sinalizou para o professor que havia visto um tubarão, sim, UM TUBARÃO!!! Nessa hora um ficou fazendo sinal para o outro e todos nós ficamos parados admirando o tubarão que estava quase encostado no fundo do mar, acho que dormindo. Que experiência maravilhosa!!!! Agradeço demais ao meu querido noivo por ter insistido que eu deveria tentar mergulhar, sem dúvida esssa experiência foi um dos momentos mais marcantes da viagem!! E acreditem: se eu, que sou mega medrosa, consegui, qualquer um consegue!!! Ah, antes que eu me esqueça, o tubarão que vimos foi o leopard shark! Meu único arrependimento foi de não ter alugado uma câmera, na própria operadora eles alugavam, mas infelizmente só lembramos disso quando já estávamos no barco!

No caminho de volta, almoçamos no barco e quando chegamos no hotel tomamos banho e dormimos por algumas horas. O barco do mergulho saiu 7 da manhã e estávamos mega cansados!

Depois do cochilo da tarde, fomos passear pela ilha em direção ao View Point, o ponto mais alto da ilha e rota de fuga em caso de Tsunami. A caminhada é um pouco cansativa (escadas, subidas etc) mas a vista vale muito a pena. São dois pontos de observação: o 1, que fica mais “perto” e o 2 que é mais alto e fica a uns 10 minutos de caminhada do 1. Fomos direto para o 2, ficamos um tempão curtindo a vista sentados em uma pedra e depois descemos para ver o por do sol do ponto 1. Demais!

View Point 2

View Point 2

View Point 2

View Point 2

View Point 1

View Point 1

Saímos do View Point e ficamos andando pelo centrinho. Pelo caminho, conhecemos um brasileiro que mora na ilha e ele nos indicou um bar com shows com fogo e um outro bar totalmente maluco, que iriei comentar em breve. O bar com o show com fogo é o Slinky, fica na frente da praia e reúne um pessoal “da balada”. Como não estávamos muito no clima da balada, seguimos para o outro bar indicado pelo brasileiro, o Banana Bar. Achei uma descrição muito boa sobre esse bar no blog Backpacker Banter:

Banana Bar – Phi Phis only rooftop open air bar. This place is a great setting to watch the sun go down and get some serious drinking on the go, it serves great food too! The eclectic mix of bean bags, bar stools and rooftop balconies make it an awesome venue to get your pre drink on and some dancing…and for those of you wanting to get a little higher than the rooftop (wink wink nudge nudge!) the bar menu has some extras that you might be interested in!DSC00594 DSC00589

Esse bar fica na “laje” de um outro restaurante. Quando chegamos, tinha um telão passando um filme (Blades of Glory) muito engraçado do Will Ferrell  e nos juntamos às outras pessoas que assitiam sentados em cadeiras de praia e puffs. A iluminação do restaurante é com luz negra e eu, que estava com uma regata pink, fiquei “brilhando”… ficamos lá umas 2 horas comendo comida mexicana (muito boa por sinal) e assistindo o filme. Me senti naqueles drive-ins americanos, onde antigamente as pessoas iam com os carros assistir filmes antigos ao ar livre… Achei o bar bem divertido, nunca imaginei que iria “perder” 2 horas da minha vida assitindo um filme estando no paraíso, mas foi uma experiência legal.

De lá continuamos a caminhada até o hotel parando em várias lojinhas. Essas lojinhas são ótimas para comprar lembrancinhas e roupas bem “verão”, como regatas, vestidinhos, cangas etc. Isso é só o que se usa na ilha. Eu sou daquelas que sempre leva um “saltinho just in case” para qualquer viagem, essa foi a primeira que fiz uma mala mais compacta e não senti falta nenhuma dos meus sapatos, só usei havaianas e rasteirinhas…

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